quinta-feira, 19 de julho de 2018

E a vida segue...



E a vida das pessoas continua sendo tocadas sem muitas alterações, embora a economia na “Era Temer”, cada vez mais aprofunda a crise, com os indicadores sociais nos mostrando a queda do PIB, aumento do desemprego informal, cortes orçamentários na Saúde e nos Esportes, enfim, um caos que já era bastante previsível desde que esta quadrilha assaltou o poder.

Apesar de tudo isso, acrescentado ao fato que a corrupção, endêmica em nosso país, e a sensação que temos é que só aumentou , foi uma das campeãs de audiência neste período deste governo golpista e que em todas as pesquisas é o mais odiado pela população brasileira.

No entanto, a massa de trabalhadores, sejam eles informais ou formais, não se movem, não entram no cenário da luta. Nestes quase dois anos de desgovernos, o grande momento que tivemos foi a Greve de Abril de 2017, como marco barrou até aqui a Reforma da Previdência, mas não conseguiu barrar a Reforma Trabalhista, tão nociva quanto à primeira, mas no fundo a maioria da classe trabalhadora só pensou em acertar as contas com os sindicatos, ela achava ou ainda acha assim, que a Reforma Trabalhista foi apenas um ataque ao seu sindicato.

Como a boa parte dos sindicatos são mantidos por velhas estruturas do peleguismo institucionalizado, de uma casta dirigente que mantém enormes privilégios em detrimento da classe, a maioria dos trabalhadores sem conhecer o que se passava de verdade vai optar em não comprar esta briga.

Milhares de sindicatos combativos vão entrar em crise, com poucos recursos financeiros, terá dificuldades em encaminhar a luta, que em tese irá atrapalhar a luta dos seus representados, que não entenderam que o conjunto patronal queria e está quebrando a espinha dorsal dos que fazem a luta, levando todo segmento de rodo para um abismo perigoso.

Em suma, todas as outras medidas que estão no bojo da nova Legislação Trabalhista são perniciosas para a classe obreira, no entanto, se fizermos uma pesquisa, ela se mantém distante do conhecimento, o que pegou para a maioria é que os sindicatos e suas direções tenham sido atingidos, em última instância, sem querer, sem a consciência devida, fizeram o jogo da patronal!

Outro momento que tivemos neste período de um golpismo comandado pelos maloqueiros que estão no poder, foi a tal greve dos caminhoneiros, que esteve mais para lockout do que propriamente algo da base, embora motivos não faltem para parar tudo neste país, não somente caminhoneiros.

Enfim, desde 2013, com os atos de rua pedindo ética na política, quando esta tese cresceu, insuflada pela mídia e aproveitada pelo pavonismo do judiciário, levou-se a histeria e a condenações seletivas e somente um partido ou segmento foi ou está sendo culpado, além de ter inventado a corrupção, evidente que isso só pode sair de uma cabeça doentia, infelizmente hoje, vivemos uma histeria coletiva de denuncismo sem provas, aonde um acusado para provar que o boi deitado não é vaca, já sucumbiu à estarrecedora condenação pública.

Então, tudo isso posto, eis que chegamos a mais uma eleição, mesmo fria, mas vemos nos automóveis, com raríssimas exceções, vemos a tendência do voto daqueles que não tenho dúvida andou de alguma forma chamando todos de corruptos nestes últimos dois anos, execrando as esquerdas ou mesmo o PT e seu líder máximo, no entanto deixa escapar agora com sua coerência, que seu candidato a isso ou aquilo não passa de um corrupto acostumado nas páginas políticas ser mais um do mesmo que infelicita Alagoas e leva esta terra ainda mais para o atraso!

E a vida segue, sem grandes mudanças estruturais, mas quem achava que fosse diferente mesmo...

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