quarta-feira, 21 de março de 2018

Todos somos Marielle, heroína do povo brasileiro!



Não tem como não comentar, sim, ainda vamos falar bastante do assassinato covarde da vereadora pela cidade do Rio de Janeiro, a militante incansável pela justiça social e pelos direitos humanos, Marielle Franco do PSOL.

Primeiro pelo ato covarde em si, matar uma pessoa da forma como aconteceu, mostra que houve pelo menos as cenas das câmeras da rua aonde a vereadora pega o carro, mostrava que ela já vinha sendo seguida e monitorada pelos seus algozes.

Segundo, após a consumação do ato covarde em que ceifaram uma vida, dedicada a luta pela igualdade social, nem mesmo o corpo desceu a sepultura, vozes tresloucadas do ódio, principalmente dos setores médios da sociedade, que há muito tempo namora com o fascismo, quiseram cometer um novo assassinato, agora contra a honra de Marielle.

De Delegado de polícia, passando por Desembargadora de Justiça, do Estado do Rio de Janeiro, indo até os eternos frequentadores das redes sociais, nos dias subsequentes ao assassinato político da camarada, destilaram um ódio descomunal, ainda por cima mentiram descaradamente, inventaram que a combativa Marielle era envolvida com o tráfico, namorada de traficante e que foi eleita com o apoio dos mesmos.

Nada disso era verdade, os fatos comprovaram que a atitude da vereadora enquanto pessoa, nascida numa favela, com todas as condições de não romper com o destino em que são vitimas milhões de crianças e jovens, que são jogados a própria sorte por terem nascidos em regiões de vulnerabilidades.

Ao contrário, a jovem militante pelas causas sociais, rompeu com o destino que é imposto a milhões pelo sistema capitalista, estudou , rompeu as amarras, se inseriu nas lutas sociais e mais que isso, não abandonou o seu lugar de origem. O que ela conseguiu para si, em um esforço sobre humano, quis que fosse colocado para todos, não somente porque se tornou vereadora com mais de 46 mil votos, mas por consciência, adquirida da prática, no cotidiano, nas dificuldades em terras sem dono, com a inexistência o estado!

Ela lutava contra as incursões policiais nas comunidades mais carentes, não que a polícia não tenha este direito e prerrogativas, mas geralmente nós sabemos como se dão estas investidas, primeiro se bate ou mata, depois pergunta quem era a vitima, naturaliza-se a morte, a violência virou rotina!

Marielle lutava contra as injustiças sociais, este foi o seu crime, a sua sentença de morte. Com esta onda de violência, conservadorismos e porque não dizermos, este fascismo que ronda com perigo a sociedade, cometeu-se o primeiro crime político depois do golpe!

Mas não podemos arrefecer, as grandes batalhas hão de vir, precisamos ganhar os setores confusos da sociedade, no campo das ideias, do progresso e das conquistas sociais! Todos somos Marielle, honra e glória a nossa mártir! Heroína do povo brasileiro, este talvez seja, diante do fato consumado, da incredulidade da violência torpe, a maneira de colocarmos daqui por diante da luta dessa mulher, que honrou o seu mandato popular, mais que isso, honrou a sua trajetória de vida!