segunda-feira, 22 de abril de 2019

O Conluio dos infames!



Eu nunca vi tantas mentiras ditas sobre a tal reforma da previdência, impressiona o conluio formado por banqueiros, empresários, setores majoritário da grande imprensa e grande parte de economistas integrados até o talo com o capitalismo usurpador.

Em primeiro lugar, querem a reforma para livrar as grandes empresas dos débitos que possuem com a previdência. Não só querem a reforma para ferrar o trabalhador, querem também o aprofundamento da reforma trabalhista para avançar com o fim dos vínculos do trabalhador com as empresas.

Concordo plenamente com a economista Luciana Caetano, em entrevista concedida a Gazeta de Alagoas do final de semana, de 20 a 26 de abril de 2019. Ela afirma com razão, que os direitos trabalhistas “começou a ser desmontado na década de 1990 com FHC, com a implantação da terceirização da atividade meio, jornada de tempo parcial e trabalhos temporários”.

Tudo isso foi feito para gerar empregos, este era o discurso da época, nada aconteceu, ao contrário, geramos mais desempregos e a perspectivas de trabalhos informais só aumentou em nosso país. Hoje temos 13 milhões de desempregados, que somados aqueles que vivem da informalidade chegamos perto dos 30 milhões, é muita gente sem nada e sem direitos.

As grandes empresas tiveram vultosos lucros, os bancos ainda mais, tudo em nome do neoliberalismo, esta agenda é nefasta, mas o povo parece que não compreendeu os riscos dessa agenda ou não tem consciência em que mundo está vivendo.

A eleição do fascista Bolsonaro serve a estes interesses, a reforma da previdência anistiará a grande dívida dos ricos e poderosos, as novas regras, sendo aprovada a tal reforma, fará com que a previdência pública seja minada, não exista mais, fazendo de uma forma autoritária com que as novas gerações que começam a trabalhar, se quiserem um dia gozar de uma aposentadoria pague uma previdência privada em regime de capitalização.

Os bancos, verdadeiros agiotas oficiais, será o setor que mais lucrará com esta reforma aprovada. Como o capital parasitário é o que rende mais nos dias atuais, grandes grupos se associam as estes financista. A Rede Globo, por exemplo, é vinculada a Seguradora Mapfre, quer dizer, o pool de empresas e conglomerados é impressionante, todos devidamente fazem coro pela aprovação da reforma da previdência.

Quem pagará caro é o povo trabalhador, que ainda não compreendeu a armadilha em que se meteu. A própria classe média, que viveu no auge nos governos petistas, por um discurso pseudomoralista, fez uma curva em suas posições indo apoiar em sua grande maioria as posições de retrocessos da ultradireita.

O apoio a Bolsonaro, por conta da raiva aos governos petistas, à bem da verdade os governos do PT e afins não quiseram aprofundar as discussões de classe social neste país e caiu na armadilha da burguesia quando aceitou sentar-se à mesa farta dos jantares de perus e faisões.

Mas enfim, estes setores médios sentirá o peso do estado mínimo quando os concursos públicos, grande sonho dessa turma, começar a ser escassa, esta turma do poder fará de tudo para acabar com o estado brasileiro, reduzindo a pó qualquer ajuda no campo social.

As universidades federais e os institutos federais, vão sofrer também, com o discurso que precisa acabar com a ideologia de esquerda nestes locais, as verbas serão cada vez menores. Qual a conversa dos fascistas no poder, acabemos com a ideologia de esquerda, o povo consome isso como uma verdade, sendo que são os setores de esquerda, mesmo que seja minimamente colocado em suas políticas, vide os governos do PT, que gera perspectiva de sua própria melhora de vida.

Os ricos podem pagar uma universidade paga, a classe média no sufoco pode pagar também uma universidade paga, mas a maioria do povo não, o que eles propõem é acabar com a ida dos mais carentes ao nível superior, o que sobra por enquanto é muito egoísmo daqueles que ainda podem usufruir de tais benefícios.

Um exemplo de como as pessoas não pensaram quando deram um voto ao fascista e milionário Bolsonaro, ele acaba de decretar que o salário mínimo não será mais reajustado acima da inflação. Por essa lógica que foi implementada na época de FHC, o salário mínimo não valia nada.

Quando Lula e Dilma governaram, mesmo não tendo nenhuma pretensão socialista em suas teses, o salário mínimo foi aumentado acima da inflação, por isso ele está nestes níveis. Se não fosse esta politica de reajustes, o salário mínimo estaria hoje na casa dos 500 reais.

Mais vamos deixar claro, o fundamental que fosse adotado o salário mínimo do DIEESE, que seria de quatro mil reais. Daria para uma família com quatro pessoas ter a dignidade merecida!

O que resta é a luta, não temos mais o tempo de querer ir ao centro da política, com uma posição conciliadora, as esquerdas tem que elaborar um programa com linhas claras e objetivas, falar mais que verdades para os trabalhadores, seu principal e único aliado nesta batalha decisiva para barrar as reformas em curso.

terça-feira, 2 de abril de 2019

DITADURA NUNCA MAIS!



Sobre o Ato ontem em Maceió, Ditadura Nunca Mais, tivemos uma presença significativa de pessoas presentes, não foi um ato massivo, mas em horário de trabalho não se podia exigir muito.

Muita gente do povo, que passava pelo local parou para ouvir as falas das lideranças políticas ali presentes. Pastor Wellington, da Igreja Batista do Pinheiro fez uma belíssima fala, condenando de forma cabal quem propõe a morte e a tortura. Enalteceu a vida e o bom combate daqueles que deram a vida pela liberdade e pela democracia!

O ex-deputado e ex-governador Ronaldo Lessa, do PDT, também falou no ato, com uma fala aonde lembrou todos aqueles que tiveram na luta em plena ditadura militar. Contemporâneo de uma geração de luta, com Manoel Lisboa, Fernando Costa, Jarede Viana e tantos outros, Ronaldo Lessa afirmou que a “luta continua, muito mais agora quando se tem um governo com posições autoritárias no poder”.

Muitas lideranças falaram no ato, o historiador Geraldo de Majella destacou a “importância de lembrarmos este dia, que nunca saia da memória do povo brasileiro, como momento de reflexão para nunca mais deixarmos acontecer neste país uma ditadura. Lembrou ainda Majella, que o presidente atual, Jair Bolsonaro quer recontar a história, relativizando a ditadura militar”!

Familiares dos que sofreram as angustias das torturas e mortes dos seus entes queridos e passaram as vicissitudes da vida, sendo perseguidos marcaram presença, especialmente os familiares de Jaime Miranda!

Com a condução e construção da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), que teve a iniciativa do ato, várias organizações, sindicatos e partidos de esquerda responderam a esta iniciativa estiveram presentes, como a CPT, SINTETFAL, SINDPETRO, SINPRO/AL, SAEE, SIND. BANCÁRIOS, Movimento Luta de Classes, UNE, UJR, UJS, Juventude do PT, PCB, PCO, PDT, PSOL, PT e PC do B.

Como bem falou o camarada Magno Francisco, presidente da Unidade Popular em Alagoas, em sua fala, “todos aqueles que estavam ali, participando do Ato, estavam imbuídos em lembrar os verdadeiros heróis do povo brasileiro e que aqueles que deram a vida pela liberdade, a luta por um mundo mais comum a todos, a luta enfim pelo socialismo, tinham que ser lembrado sempre, por que cada um deles está presentes em nossas lutas, porque seus ideais continuam vivos”!

Foi um marcante ato, destacar o papel protagonista da Unidade Popular no ato, estão de parabéns aqueles que se doaram para a sua realização, o papel militantes destes jovens combatentes é que nos faz continuar firmes no caminho da transformação social que este país necessita!