sexta-feira, 29 de abril de 2016

Justiça não tão cega!

Alguma vez na vida você já viu ou ouviu a Justiça ser favorável ao trabalhador? Digamos assim, uma categoria, entra em greve, depois de exauridos qualquer possibilidade de um acordo anterior, entre a patronal e a classe trabalhadora, estes últimos decidem pelo extremo, parar suas atividades para fazer pressão, seja para o patrão do setor privado, seja para o governo!

Sentam, conversa, a greve é imediatamente levada para a Justiça, aonde um juiz de primeira instância dará um veredicto, sempre, quase cem por cento de chances de esta greve ser considerada ilegal, abrindo assim as portas para a desmobilização da mesma! Claro, tendo uma categoria coesa, com experiência de luta, e tendo consciência de classe, uma determinada categoria tem tudo para resistir e garantir um acordo que possa beneficiar a sua melhora de condições de vida e trabalho.

Aqui em Alagoas é uma constante isso, a bola da vez agora são os bravos policiais civis, que tem um sindicato de luta há vários anos, rompendo barreiras e estigmatizações, fez avançar a luta em um dos setores, digamos, conservador de nosso estado.

Pois bem, bastou à deflagração da greve, foi considerada ilegal, e agora, a Justiça determina a desocupação imediata dos grevistas da frente do portão de entrada do cais do porto em Maceió, forma de luta encontrada pela categoria para chamar a atenção da sociedade e forçar uma negociação justa com o Governo do Estado.

O que vemos é a rapidez da justiça nesses casos, mas esta própria Justiça, não tem a mesma rapidez quando o assunto é a convocação dos concursados da educação de 2013, que esperam por suas vagas legitimas, que hoje são ocupadas por monitores, que em última instância são escravizados modernos, trabalham sem direito nenhum, e a Justiça, com deusa Themis, que parece que levanta a venda que cobre os seus olhos, e usa o poder da espada sempre a favor dos poderosos!

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