sexta-feira, 29 de abril de 2016
Justiça não tão cega!
03:26
| Postado por
Professor Nivaldo Mota
|
Alguma vez na
vida você já viu ou ouviu a Justiça ser favorável ao trabalhador? Digamos assim,
uma categoria, entra em greve, depois de exauridos qualquer possibilidade de um
acordo anterior, entre a patronal e a classe trabalhadora, estes últimos
decidem pelo extremo, parar suas atividades para fazer pressão, seja para o
patrão do setor privado, seja para o governo!
Sentam, conversa,
a greve é imediatamente levada para a Justiça, aonde um juiz de primeira
instância dará um veredicto, sempre, quase cem por cento de chances de esta
greve ser considerada ilegal, abrindo assim as portas para a desmobilização da
mesma! Claro, tendo uma categoria coesa, com experiência de luta, e tendo consciência
de classe, uma determinada categoria tem tudo para resistir e garantir um acordo
que possa beneficiar a sua melhora de condições de vida e trabalho.
Aqui em Alagoas
é uma constante isso, a bola da vez agora são os bravos policiais civis, que
tem um sindicato de luta há vários anos, rompendo barreiras e estigmatizações,
fez avançar a luta em um dos setores, digamos, conservador de nosso estado.
Pois bem,
bastou à deflagração da greve, foi considerada ilegal, e agora, a Justiça
determina a desocupação imediata dos grevistas da frente do portão de entrada
do cais do porto em Maceió, forma de luta encontrada pela categoria para chamar
a atenção da sociedade e forçar uma negociação justa com o Governo do Estado.
O que vemos é a
rapidez da justiça nesses casos, mas esta própria Justiça, não tem a mesma
rapidez quando o assunto é a convocação dos concursados da educação de 2013,
que esperam por suas vagas legitimas, que hoje são ocupadas por monitores, que
em última instância são escravizados modernos, trabalham sem direito nenhum, e
a Justiça, com deusa Themis, que parece que levanta a venda que cobre os seus
olhos, e usa o poder da espada sempre a favor dos poderosos!
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