ExtraClasse

Fica claro para todos que os chamados processos do afastamento da Presidente Dilma foi uma farsa. A cada dia um novo vazamento daquilo que ficará marcado como a conspiração de uma quadrilha organizada para assaltar o poder, afastando uma pessoa que não está comprometida com ilícitos, diferentemente deles, que estão até o pescoço atolado em um verdadeiro mar de lama!

O consórcio golpista tem a imprensa como um sustentáculo importante, a Rede Globo como uma bruxa dos contos de fada, encanta a todos passando uma agenda positiva para estabelecer o seu fantoche de plantão, o mordomo de Drácula, o sinistro Temer, como um governo que irá ajeitar o Brasil, que colocará ordem em nosso país, como se não foram eles mesmos que detonaram o país com o Congresso Nacional se opondo a votar projetos que podiam já ter tirado o Brasil da crise, mas eles boicotaram de forma sistemática o governo Dilma, agora diz de forma cínica que o país está assim pela falta de competência da Presidenta, quanta mentira deslavada!

Mas a imprensa golpista não está somente com a Globo, revistas como Veja, Época e IstoÉ, jornais como Estadão e Folha, destila veneno toda semana contra a esquerda e a presidente Dilma, acusando-a de tudo de que há de ruim, consequentemente aquela pessoa que se guia por esses pasquins reacionários, passa a acreditar em primeiro lugar naquilo que está lendo, uma pena! E a rádio Jovem Pan e com seus colunistas raivosos, babam para falar mal do partido da presidente, de Lula, Dilma, criticam de forma odiosa, utilizam um microfone para destilar ódio, rancor e desespero!

Mesmo assim, com todo aparato midiático, este governo Temer nasce fraco, com deserções forçadas por atos de corrupção, aquilo não é um ministério, aquilo é uma formação de quadrilha, não a junina, que fique claro!

A grande massa que foram as ruas pedindo o fim da corrupção, que pediu o “Fora Dilma”, que acreditou que o MBL, Revoltados On-line, e outros movimentos afins, eram puros e imaculados, que o dinheiro que eles tinham para organizar mega atos, com shows, parecendo uma micareta fora de época, devem olhar para o governo Temer e se sentir um verdadeiro idiota, foi para isso que eu fui para as ruas, deve se perguntar em frente ao espelho ou se depara dentro do escritório, nas ruas, escolas, com aquele amigo que em que ele discutiu e dizia que tinha a verdade, quando afirmava que o PT e seus apoiadores deviam ser varridos do mapa, e agora?

Bom, claro que ainda tem os resistentes, aqueles que por vergonha, ou mesmo por uma questão de classe social, ranço e ódio, se coloca a favor da quadrilha que se instalou no poder, sem voto, pior, colocando um programa que não votado em 2014. Evidente que Dilma e seu círculo de poder mais próximo erraram em 2015, quando colocou um modelo econômico que não tinha sido debatido e proposto por ela, culminando com a nomeação do ultra neoliberal Joaquim Levy para dirigir a economia. Este rechaço foi feito pelas entidades sindicais, tendo a CTB à frente e até por partidos de sua base, como o PC do B, que não cansou de avisar a presidenta que tinha que mudar de rota na economia para valorizar o trabalho, não o rentismo!

Mas enfim, vivemos agora sob um governo impostor, fraudulento, corrupto até a medula, e apesar de que cinicamente a imprensa golpista, tendo a Rede Globo como principal artífice, o movimento de resistência cresce, de forma muitas vezes espontânea, mostrando que a indignação vem ganhando corpo na sociedade. É preciso ampliar, não podemos ficar numa redoma, olhando para o próprio umbigo, ou amplia este movimento, inclusive para setores que estiveram nas ruas pedindo o fim do governo Dilma, ou estamos fadados a aguentar este governo farsante até 2018.

Pior que isso, com uma Câmara dos Deputados dominada por uma maioria de desqualificados, corruptos e vigaristas, estamos à mercê de uma pauta que pode acabar com todas as garantias trabalhistas no país, com a entrega do Pré-Sal (a real intenção do golpe), aos grupos petrolíferos privados, acabando com a nossa soberania! É preciso continuar com os atos de ruas, protestar é preciso, mas do que isso ampliar é preciso, é necessário criarmos um movimento tal qual foi pela luta a favor da Anistia ou das Diretas Já, amplos setores de massas, denunciando os ataques à democracia e os direitos sociais e trabalhistas!